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Hipnose existe? - Verdade e consequências dessa prática

Hipnose existe? Descubra a verdade e consequências dessa prática

Desde sua descoberta, a hipnose sempre esteve coberta de mistério. E com o passar dos séculos, as dúvidas e mitos a seu respeito espalharam-se ao redor do mundo.

Talvez você já tenha visto alguém ser hipnotizado em um programa de TV ou em algum vídeo na internet e, provavelmente, ficou com um pé atrás. Afinal, assistir a uma pessoa em transe hipnótico esquecendo o próprio nome ou sentindo as mãos grudadas por uma “cola imaginária” é bem estranho, não?

É aqui onde os questionamentos aparecem…

A hipnose realmente existe? Se existe, é perigosa? Ou seria uma farsa praticada por charlatões? É um truque desonesto? E mais: o que a Ciência tem a dizer sobre a hipnose?

A seguir, esclareça todas as suas dúvidas sobre a hipnose. E a melhor forma de começarmos é com... 

O que é hipnose, afinal? 
A hipnose é basicamente um estado de consciência no qual uma pessoa está extremamente concentrada e focada.

O psicólogo clínico Pedro de Azevedo explica a hipnose da seguinte maneira: “É uma forma diferente de estar acordado, onde a atenção se volta mais intensamente para o interior da pessoa, com flutuações particulares em cada caso.”

Embora alguns filmes retratam a hipnose como algo sobrenatural — e até  perigoso —, não passa de ficção. Hipnose não é sobre um hipnotizador obrigando pessoas a revelarem senhas bancárias ou contarem segredos. Também não se trata de pessoas perdendo o controle de si mesmas durante o transe.

Como dito, hipnose é basicamente um estado de enorme concentração e foco. E mesmo que você não saiba disso, ela está mais presente no seu cotidiano do que imagina.

Loucura?

E se eu contar que você já esteve em um transe hipnótico?

O dia em que você foi hipnotizado 
Os filmes são bons exemplos — e talvez os melhores — para compreender sobre como funciona a hipnose.

Imagine o seguinte…

Você se acomoda no sofá, escolhe um filme de terror na Netflix e então dá play. Em determinada cena, o protagonista desce as escadas em direção ao porão escuro. E você, como espectador, sabe que existe algo ruim lá embaixo. Algo maligno.

Os degraus de madeira rangem conforme o personagem mergulha escuridão abaixo. Para tornar a cena ainda mais angustiante, uma trilha sonora sinistra toca baixinho. Você se encolhe no sofá sentindo os músculos tensionados e o ritmo cardíaco acelerado.

E então…

Você tem a impressão de ter visto algo se mover dentro das sombras. Você arregala os olhos. Suas pupilas dilatam ao máximo. Seus dedos se enterram na almofada como garras. Quando, de repente, um barulho explode na cena, fazendo você gritar de susto.

Um rato pula de dentro da penumbra, corre por debaixo das pernas do protagonista e foge escada acima.

Era um rato?, você pensa. Só um rato todo esse tempo?

Quando a tensão passa, você ri de si mesmo. Você quase teve um infarto por culpa de um simples rato escondido no porão? Que truque idiota!

Agora vamos aos fatos...
Os filmes são apenas ficção, certo? Nada mais do que isso. É tudo roteirizado, ensaiado, encenado e filmado para parecer real. E parece. Você é prova disso.

Mas se nada em um filme é de verdade, por que você fica apreensivo quando o protagonista desce até o porão escuro, por exemplo?

Ao assistir a um filme, você está tão concentrado e tão imerso na história que o “fator crítico” da sua mente consciente baixa a guarda. Consequência? Durante todo o filme, o seu cérebro acredita que tudo aquilo diante dos seus olhos é real. E é exatamente por esse motivo que seu corpo apresenta diversas reações fisiológicas: coração desenfreado, músculos tensionados, pupilas dilatadas, etc.

Você tem todas essas reações porque você está hipnotizado. 

Além dessa, existem outras situações nas quais você também está em transe hipnótico. Como quando você encara fixamente algum ponto aleatório — uma paisagem, por exemplo — e, em seguida, mergulha profundamente dentro dos próprios pensamentos.

Você fica tão focado no “filme mental” acontecendo em sua cabeça que não consegue ouvir alguém chamar seu nome. E, nesse exato momento, meu amigo, você está hipnotizado. Ou, como você já deve ter ouvido: você está “sonhando acordado”.

Quando finalmente consegue ouvir aquela voz chamando por você, a “cena mental” se desfaz e você sai do transe. E aí acontece algo interessante: conforme a cena vai sumindo, você se dá conta de que estava com os olhos abertos o tempo todo enquanto assistia ao “filme mental”.

Extraordinário, não?

Isso é apenas hipnose. É um processo natural. E acontece com todos nós o tempo inteiro.

Então a hipnose realmente existe? 
Depois dos exemplos acima, você já deve ter entendido que sim — a hipnose existe. Porém, se ainda tiver dúvidas, tudo bem, não se preocupe. A seguir, vamos eliminá-las de uma vez.

Sim, a hipnose é admitida como uma ciência. Não precisa limpar os olhos, você leu certo. A hipnose é admitida como uma ciência.

De forma simples, ciência é um tipo de conhecimento que pode ser comprovado pelo método científico. Para isso, precisa cumprir dois requisitos. Primeiro: deve ter uma área de estudo específica. Segundo: deve ter um método determinado.

E adivinha?

A hipnose cumpre os dois. Ela estuda a mente humana inconsciente (área específica) e usa sugestão focada (método determinado) para alcançar o transe hipnótico.

Além disso, vale dizer que a hipnose é usada de duas formas:
Entretenimento — como acontece na hipnose de palco, hipnose de rua.
Saúde —  cura e tratamento de fobias, vícios, traumas etc.

Hipnose não apenas existe, mas também é utilizada na área da saúde.
A própria OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda a hipnose para fins terapêuticos. E desde de 2000, o Conselho Federal de Psicologia reconhece a hipnose como recurso auxiliar no trabalho do psicólogo.

Leia um trecho retirado de uma ementa aprovada no Plenário do CFM (Conselho Federal de Medicina):

“A hipnose é reconhecida como valiosa prática médica, subsidiária de diagnóstico ou de  tratamento, devendo ser exercida por profissionais devidamente qualificados e sob rigorosos critérios éticos.”

Problemas como alcoolismo, gagueira, medo de altura e baixa autoestima podem ser tratados e curados por meio da Hipnoterapia — isto é, hipnose clínica. O Dr. Alfred A. Barrios, em seu artigo Hyomotherapy: A reapraisal, demonstrou que a Hipnoterapia tem resultados mais promissores e rápidos que outras psicoterapias, como a Psicanálise e a Terapia Comportamental.

Agora você sabe a verdade...
A hipnose não é apenas comprovada cientificamente, mas também uma prática benéfica ao ser humano. E graças à internet, por meio de artigos como este, a verdade a seu respeito é levada adiante.

E aí, esclareceu suas dúvidas acerca da hipnose? Que tal conhecer mais sobre como ela funciona e seus diversos benefícios? Para isso, leia Como funciona uma sessão com Hipnose?
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